quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Falta fundamentação didática no ensino da Matemática

Pesquisadora argentina sugere o fim do professor polivalente e diz que os docentes precisam de mais tempo e espaço para refletir sobre sua prática e o raciocínio dos alunos


O baixo desempenho dos alunos em Matemática é uma realidade em muitos países, não só no Brasil. A má fama da disciplina se deve, segundo a especialista argentina Patricia Sadovsky, à abordagem superficial e mecânica realizada pela escola. Falta formação aos docentes para aprofundar os aspectos mais relevantes, aqueles que possibilitam considerar os conhecimentos anteriores dos alunos, as situações didáticas e os novos saberes a construir.A pesquisadora defende que é preciso aumentar a participação das crianças na produção do conhecimento, pois elas não suportam mais regras e técnicas que não fazem sentido. O caminho é um só e passa pela prática reflexiva e pela formação continuada. Para chegar a essas conclusões,Patricia se tornou doutora em didática da Matemática pela Universidade de Buenos Aires. Além de pesquisar quais são as perguntas fundamentais que orientam o trabalho de investigação nas aulas, como se dá a evolução dos conhecimentos nos estudantes e as melhores intervenções que os professores podem fazer, ela coordena um programa de capacitação docente da secretaria municipal de Educação de Buenos Aires. A entrevista a seguir foi realizada numa de suas vindas ao Brasil para participar de encontros no Centro de Educação e Documentação para a Ação Comunitária e na rede privada de São Paulo.
A última avaliação nacional realizada no Brasil mostrou que os alunos de 8ª série mal dominam os conhecimentos básicos de Matemática.
Por que parece tão difícil aprender essa disciplina?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Brasil sem matemática

Pesquisa coloca Brasil entre piores em matemática

Os alunos brasileiros estão entre os piores em conhecimentos de matemática e capacidade de leitura, segundo um estudo elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

De acordo com a pesquisa, que analisou as habilidades de 400 mil alunos em 57 países em 2006, o Brasil foi o quarto pior no ranking de matemática e o oitavo pior no de leitura.

Ainda assim, os alunos brasileiros marcaram 370 pontos em matemática, 13 a mais do que em 2003, quando foi feita a última sondagem. No quesito leitura, no entanto, o país piorou, marcando 10 pontos a menos do que em 2003, baixando de 403 para 393.

A OCDE não divulgou as posições que o Brasil ocupou nos rankings de 2003. Com os resultados, o Brasil só foi melhor do que Tunísia, Catar e Cazaquistão nos conhecimentos matemáticos. Taiwan, Finlândia e Hong Kong (China) lideram a lista.

No quesito leitura, o país ficou à frente apenas de Montenegro, Colômbia, Tunísia, Argentina, Azerbaijão, Catar e Cazaquistão. Os primeiros da listagem foram Coréia do Sul, Finlândia e Hong Kong (China).